02-04-2015, 07:36 PM
Salve confrades,
Segue uma reflexão que andei fazendo:
É uma constante da história humana que momentos de franca devassidão moral e cultural levam a retomadas conservadoras numa tentativa de recuperar os "bons tempos que se foram".
Foi assim na Roma Antiga. Contam seus últimos cronistas e satiristas que o clima antes da queda de Roma era de tão profunda corrosão moral, que se criou ali um vácuo de valores nobres que foi então preenchido pelo cristianismo primitivo, infinitamente mais severo e ortodoxo que o atual.
O mesmo aconteceu no início do Século XX. O filósofo Walter Benjamim, por exemplo, se debruçando sobre a poesia de Baudelaire captou nas entrelinhas um profundo ressentimento que tomava conta do espírito da época. Tal sentimento combinado com muita angústia - comenta o crítico George Steiner - só poderia ser alimentado com muito sangue, suor e lágrimas. Nasce assim a alma do século XX, o mais triste da história humana.
O literato Karl Krauss estudando a língua alemã no início do século notou ali uma estranha deformação na linguagem, as palavras já não diziam o que os escritores pensavam. Os sentimentos das pessoas degringolaram. Vinte anos depois sobe ao cargo máximo da nação um tal Hitler.
Uso esses fatos históricos pra analisar o Brasil atual. Qualquer pessoa com um mínimo de acesso a informação nota que o clima por aqui nos últimos anos anda muito estranho: queda flagrante do nível intelectual, relativismo total, ódio de classes instaurado - seja homemXmulher, negroXbranco, gordoXmagro, carecaXcabeludo, debate público cada vez mais estranho, leis cada vez mais bizarras sendo aprovadas, número de famílias desestruturadas só aumentando e relevância artístico cultural beirando a nulidade.
O que defendo é que nesse cenário de Terra Arrasada, os valores que movem os guerreiros da Real não deveriam se propagar e preencher esse vácuo moral criado pela sociedade moderna. Digo isso pois acredito que o GdR pleno (e me coloco ainda abaixo desse patamar) é tomada de um pragmatismo e de uma determinação objetivista que acho perniciosa caso inculcada na maioria de população. É fundamental para alguns, mas a frieza e o desapego estoicista não é e nem deve ser para todos. Tentar se tornar um Übermensch Nietzscheano é pra poucos.
Com isso eu não pretendo criticar a Real, apensa penso que os valores da Real são nobres e duros demais pra alguns amadores. É preciso ainda de um exército de não-realistas (manginas?) pra continuar alimentando a engrenagem do sistema. Multidões ainda tomadas de apaixonamento, chafurdando na matrix, pra seguirem financiando a indústria de entretenimento, de artigos de luxo, que geram milhões de empregos e coloca muita comida na mesa.
Sem falar da questão artística e cultural. Um realista por definição nunca irá se dedicar um só segundo pra escrever um romance à moda antiga, eu aquela canção capaz de derreter um coração de aço, nos trazer aquela esperança divina por meio da contemplação da beleza.
Da determinação de um realista sairá as mais belas realizações, mas creio eu, nada desse tipo:
Para tal é preciso ainda manter aquele fio de esperança no amor humano, não pensar em lado obscuro e hipergamia, impossível depois que .
Que a Real permaneça sempre um pensamento marginal. Pelo bem do mundo e da Real!
Segue uma reflexão que andei fazendo:
É uma constante da história humana que momentos de franca devassidão moral e cultural levam a retomadas conservadoras numa tentativa de recuperar os "bons tempos que se foram".
Foi assim na Roma Antiga. Contam seus últimos cronistas e satiristas que o clima antes da queda de Roma era de tão profunda corrosão moral, que se criou ali um vácuo de valores nobres que foi então preenchido pelo cristianismo primitivo, infinitamente mais severo e ortodoxo que o atual.
O mesmo aconteceu no início do Século XX. O filósofo Walter Benjamim, por exemplo, se debruçando sobre a poesia de Baudelaire captou nas entrelinhas um profundo ressentimento que tomava conta do espírito da época. Tal sentimento combinado com muita angústia - comenta o crítico George Steiner - só poderia ser alimentado com muito sangue, suor e lágrimas. Nasce assim a alma do século XX, o mais triste da história humana.
O literato Karl Krauss estudando a língua alemã no início do século notou ali uma estranha deformação na linguagem, as palavras já não diziam o que os escritores pensavam. Os sentimentos das pessoas degringolaram. Vinte anos depois sobe ao cargo máximo da nação um tal Hitler.
Uso esses fatos históricos pra analisar o Brasil atual. Qualquer pessoa com um mínimo de acesso a informação nota que o clima por aqui nos últimos anos anda muito estranho: queda flagrante do nível intelectual, relativismo total, ódio de classes instaurado - seja homemXmulher, negroXbranco, gordoXmagro, carecaXcabeludo, debate público cada vez mais estranho, leis cada vez mais bizarras sendo aprovadas, número de famílias desestruturadas só aumentando e relevância artístico cultural beirando a nulidade.
O que defendo é que nesse cenário de Terra Arrasada, os valores que movem os guerreiros da Real não deveriam se propagar e preencher esse vácuo moral criado pela sociedade moderna. Digo isso pois acredito que o GdR pleno (e me coloco ainda abaixo desse patamar) é tomada de um pragmatismo e de uma determinação objetivista que acho perniciosa caso inculcada na maioria de população. É fundamental para alguns, mas a frieza e o desapego estoicista não é e nem deve ser para todos. Tentar se tornar um Übermensch Nietzscheano é pra poucos.
Com isso eu não pretendo criticar a Real, apensa penso que os valores da Real são nobres e duros demais pra alguns amadores. É preciso ainda de um exército de não-realistas (manginas?) pra continuar alimentando a engrenagem do sistema. Multidões ainda tomadas de apaixonamento, chafurdando na matrix, pra seguirem financiando a indústria de entretenimento, de artigos de luxo, que geram milhões de empregos e coloca muita comida na mesa.
Sem falar da questão artística e cultural. Um realista por definição nunca irá se dedicar um só segundo pra escrever um romance à moda antiga, eu aquela canção capaz de derreter um coração de aço, nos trazer aquela esperança divina por meio da contemplação da beleza.
Da determinação de um realista sairá as mais belas realizações, mas creio eu, nada desse tipo:
Para tal é preciso ainda manter aquele fio de esperança no amor humano, não pensar em lado obscuro e hipergamia, impossível depois que .
Que a Real permaneça sempre um pensamento marginal. Pelo bem do mundo e da Real!